30 outubro 2009
28 outubro 2009
Samba e Amor
Composição: Chico Buarque
Eu faço samba e amor até mais tarde
E sinto muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.
*
Ouvi por diversas vezes esta canção hoje e me lembrei de Daniela dos cabelos com um doce aroma de maracujá maduro.
No final da tarde coincidentemente a encontrei na rua mas não tive a oportunidade de falar sobre o fato.
Quem sabe numa dessas nossas noites com sol...
Eu faço samba e amor até mais tarde
E sinto muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.
*
Ouvi por diversas vezes esta canção hoje e me lembrei de Daniela dos cabelos com um doce aroma de maracujá maduro.
No final da tarde coincidentemente a encontrei na rua mas não tive a oportunidade de falar sobre o fato.
Quem sabe numa dessas nossas noites com sol...
27 outubro 2009
26 outubro 2009
Os Amigos na Praia
Éramos três velhos amigos na praia quase deserta. O sol estava bom; e o mar, violento. Impossível nadar: as ondas rebentavam lá fora, enormes, depois avançavam sua frente de espumas e vinham se empinando outra vez, inflando, túmidas, azuis, par a poucar de súbito na praia. Mal a gente entrava no mar a areia descaía de chofre, quase a pique, para uma bacia em que não dava pé; alguns metros além havia certamente uma plataforma de areia onde o mar estourava primeiro. Demos alguns mergulhos, apanhamos fortes lambadas de ondas e nos deixamos ficar conversando na praia; o sol estava bom.
Éramos três amigos e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali, ou em algum outro lugar da praia, conversando talvez as mesmas coisas. Certamente éramos os três mais magros, nossos cabelos eram mais negros... Mas que nos importava isso agora? Cada um vivera para seu lado: às vezes um cruzara com o outro em alguma cidade e então possivelmente teria perguntado pelo terceiro. Meses, talvez anos, podem haver passado sem que os três se vissem ou se escrevessem; mas aqui estamos juntos tão à vontade como se todo o tempo tivéssemos feito isso.
Falamos de duas ou três mulheres, rimos cordialmente das coisas de outros amigos (“ aquela vez que o Di chegou de São Paulo”... “ o Joel outro dia me telefonou de noite...” ) mas nossa conversa era leve e tranqüila como a própria manhã, era uma conversa tão distraída como se cada um estivesse pensando em voz alta suas coisas mais simples. Às vezes ficávamos sem dizer nada, apenas sentindo o sol no corpo molhado, olhando o mar, à toa. Éramos três animais já bem maduros a entrar e sair da água muito salgada, tendo prazer em estar ao sol. Três bons animais em paz, sem malícia nem vaidade nenhuma, gozando o vago conforto de estarem vivos e estarem juntos respirando o vento limpo do mar – como três cavalos, três bois, três bichos mansos debaixo do céu azul. E tão sossegados e tão inocentes, que, se Deus se nos visse por acaso lá de cima, certamente murmuraria apenas- “lá estão aqueles três”- e pensaria em outra coisa.
Rubem Braga
Março 1956
Éramos três amigos e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali, ou em algum outro lugar da praia, conversando talvez as mesmas coisas. Certamente éramos os três mais magros, nossos cabelos eram mais negros... Mas que nos importava isso agora? Cada um vivera para seu lado: às vezes um cruzara com o outro em alguma cidade e então possivelmente teria perguntado pelo terceiro. Meses, talvez anos, podem haver passado sem que os três se vissem ou se escrevessem; mas aqui estamos juntos tão à vontade como se todo o tempo tivéssemos feito isso.
Falamos de duas ou três mulheres, rimos cordialmente das coisas de outros amigos (“ aquela vez que o Di chegou de São Paulo”... “ o Joel outro dia me telefonou de noite...” ) mas nossa conversa era leve e tranqüila como a própria manhã, era uma conversa tão distraída como se cada um estivesse pensando em voz alta suas coisas mais simples. Às vezes ficávamos sem dizer nada, apenas sentindo o sol no corpo molhado, olhando o mar, à toa. Éramos três animais já bem maduros a entrar e sair da água muito salgada, tendo prazer em estar ao sol. Três bons animais em paz, sem malícia nem vaidade nenhuma, gozando o vago conforto de estarem vivos e estarem juntos respirando o vento limpo do mar – como três cavalos, três bois, três bichos mansos debaixo do céu azul. E tão sossegados e tão inocentes, que, se Deus se nos visse por acaso lá de cima, certamente murmuraria apenas- “lá estão aqueles três”- e pensaria em outra coisa.
Rubem Braga
Março 1956
24 outubro 2009
23 outubro 2009
Loki
Zelig
"Odeio o campo.
Odeio a grama e os mosquitos.
E a comida. Sua comida é terrível.
Suas panquecas... eu as jogo no lixo quando não está olhando.
E as piadas que tenta contar...
Quando acha que é divertida... São longas e sem sentido. Não acabam nunca.
Quero dormir com você.
Eu te amo.
Você é muito meiga... porque não é tão esperta quanto acha que é.
Você é toda enrolada... você é nervosa e você é uma péssima cozinheira.
Aquelas panquecas...
Eu te amo.
Quero cuidar de você, mas chega de panquecas."
22 outubro 2009
Uma delicada forma de calor
Composição: Lobão
Eu me lembro
de você ter falado
Alguma coisa sobre mim
E logo hoje, tudo isso vem à tona
E me parece cair como uma luva
Agora, num dia em que eu choro
Eu tô chovendo muito mais do que lá fora
Lá fora é só água caindo
Enquanto aqui dentro, cai a chuva
E quanto ao que você me disse
Eu me lembro sorrindo
Vendo você tão séria
Tentar me enquadrar, se sou isso
Ou se sou aquilo
E acabar indignada, me achando totalmente impossível
E talvez seja apenas isso:
Chovendo por dentro
Impossível por fora
Eu me lembro de você descontrolada
Tentando se explicar
Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível
Tanta coisa diferente
Sem saber que a beleza de tudo
É a certeza de nada
E que o talvez torne a vida um pouco mais atraente
E talvez, a chuva, o cinza,
O medo, a vida, sejam como eu
Ou talvez , porque você esteja de repente,
Assistindo muita televisão
E como um deus que não se vence nunca
O seu olhar não consegue perceber
Como uma chuva, uma tristeza, podem ser uma beleza
E o frio, uma delicada forma
De calor
Eu me lembro
de você ter falado
Alguma coisa sobre mim
E logo hoje, tudo isso vem à tona
E me parece cair como uma luva
Agora, num dia em que eu choro
Eu tô chovendo muito mais do que lá fora
Lá fora é só água caindo
Enquanto aqui dentro, cai a chuva
E quanto ao que você me disse
Eu me lembro sorrindo
Vendo você tão séria
Tentar me enquadrar, se sou isso
Ou se sou aquilo
E acabar indignada, me achando totalmente impossível
E talvez seja apenas isso:
Chovendo por dentro
Impossível por fora
Eu me lembro de você descontrolada
Tentando se explicar
Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível
Tanta coisa diferente
Sem saber que a beleza de tudo
É a certeza de nada
E que o talvez torne a vida um pouco mais atraente
E talvez, a chuva, o cinza,
O medo, a vida, sejam como eu
Ou talvez , porque você esteja de repente,
Assistindo muita televisão
E como um deus que não se vence nunca
O seu olhar não consegue perceber
Como uma chuva, uma tristeza, podem ser uma beleza
E o frio, uma delicada forma
De calor
12 outubro 2009
05 outubro 2009
Hoje
O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Uesb se reúne na próxima segunda-feira, 5, no Teatro Glauber Rocha, campus de Vitória da Conquista. A primeira convocação está prevista para as 9 horas e a segunda, às 9h30.
As reuniões do Conselho são abertas à participação de toda a comunidade acadêmica.
Um dos assuntos em pauta:
Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Cinema e Audiovisual -
Campus Vitória da Conquista - Proc. 406120 – DFCH
*fonte:www.uesb.br
01 outubro 2009
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