16 dezembro 2009
Esotérico
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim.
(Doces Bárbaros)
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim.
(Doces Bárbaros)
14 dezembro 2009
10 dezembro 2009
Adaptation
07 dezembro 2009
Dança da carne, do desejo, dos corpos entrelaçados. É um diálogo novo, a sedução feita movimento, o ir e o vir, encontro de dois mundos. É um baile exibicionista, esteticamente belo, e ronda sem temores o universo do lúdico. O casal de baile roça seus sapatos entre sensuais carícias enquanto o atônito espectador ocasional, eterno voyer, se fascina e deslumbra com o ardor do tácito romance entre os dançarinos.
Tudo Novo de Novo
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Moska.
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Moska.
05 dezembro 2009
Pessoas tranquilas, de voz grave e de fala pausada me interessam mais.
Um final de tarde gostoso com o pessoal do candeeirocafe.
Em seguida volto para casa para as minhas canções.
Volto para Dorival Caymmi que tem tornado os meus dias de dezembro mais doces embora ele seja do mar.
E o mais interessante de tudo isso é como eu estou feliz por ter me tornado neste ano de 2009 mais receptiva com a musicalidade baiana. Confesso que tinha uma certa resistência.
Visitem: candeeirocafe.wordpress.com
Um final de tarde gostoso com o pessoal do candeeirocafe.
Em seguida volto para casa para as minhas canções.
Volto para Dorival Caymmi que tem tornado os meus dias de dezembro mais doces embora ele seja do mar.
E o mais interessante de tudo isso é como eu estou feliz por ter me tornado neste ano de 2009 mais receptiva com a musicalidade baiana. Confesso que tinha uma certa resistência.
Visitem: candeeirocafe.wordpress.com
01 dezembro 2009
Máximo Fim
Máximo como no ápice
Auge
Apogeu
Pico
Topo
Fim
Climax
Pino
Cimo
Extremo
Último
Excesso
(Arnaldo Antunes)
Auge
Apogeu
Pico
Topo
Fim
Climax
Pino
Cimo
Extremo
Último
Excesso
(Arnaldo Antunes)
30 novembro 2009
28 novembro 2009
24 novembro 2009
Quem vem pra beira do mar...
23 novembro 2009
Quart4 B
19 novembro 2009
Los Abrazos Rotos
"Atriz Regina"
É impressionante como ela não só canta, mas sente, vive intensamente cada verso dessa letra.
Uma atriz.
(Composição: Chico Buarque/Francis Hime)
17 novembro 2009
Budapeste
Adaptação do livro homônimo escrito por Chico Buarque, cuja história é centrada no personagem carioca José Costa (Leonardo Medeiros), que trabalha como ghost writer - aquele que escreve no lugar de outras pessoas. Tudo vai bem, até ele viajar para Budapeste e descobrir Zsoze Kósta.
Direção:Walter Carvalho
Fotografia: Lula Buarque
Ano de Lançamento: 2009
16 novembro 2009
A Dama das Camélias (1980)
Stay
Daquelas releituras que você não ouve todo dia. Ouvi no último sábado com uma banda de São Paulo. "Visitantes"
13 novembro 2009
Bebel Gilberto
Esta semana perguntaram pra Donna Summer o que ela ouvia da música brasileira. Lugar comum. Essa clássica pergunta é feita pra quase todos os artistas internacionais quando o assunto é Brasil. E sempre fico esperando ouvir "Tom Jobim". É, mas desta vez veio "Bebel Gilberto."
Aproveitando que hoje é uma sexta-feira 13, eu diria que deu zebra.
Donna Summer sabe das coisas.
11 novembro 2009
08 novembro 2009
30 outubro 2009
28 outubro 2009
Samba e Amor
Composição: Chico Buarque
Eu faço samba e amor até mais tarde
E sinto muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.
*
Ouvi por diversas vezes esta canção hoje e me lembrei de Daniela dos cabelos com um doce aroma de maracujá maduro.
No final da tarde coincidentemente a encontrei na rua mas não tive a oportunidade de falar sobre o fato.
Quem sabe numa dessas nossas noites com sol...
Eu faço samba e amor até mais tarde
E sinto muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.
*
Ouvi por diversas vezes esta canção hoje e me lembrei de Daniela dos cabelos com um doce aroma de maracujá maduro.
No final da tarde coincidentemente a encontrei na rua mas não tive a oportunidade de falar sobre o fato.
Quem sabe numa dessas nossas noites com sol...
27 outubro 2009
26 outubro 2009
Os Amigos na Praia
Éramos três velhos amigos na praia quase deserta. O sol estava bom; e o mar, violento. Impossível nadar: as ondas rebentavam lá fora, enormes, depois avançavam sua frente de espumas e vinham se empinando outra vez, inflando, túmidas, azuis, par a poucar de súbito na praia. Mal a gente entrava no mar a areia descaía de chofre, quase a pique, para uma bacia em que não dava pé; alguns metros além havia certamente uma plataforma de areia onde o mar estourava primeiro. Demos alguns mergulhos, apanhamos fortes lambadas de ondas e nos deixamos ficar conversando na praia; o sol estava bom.
Éramos três amigos e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali, ou em algum outro lugar da praia, conversando talvez as mesmas coisas. Certamente éramos os três mais magros, nossos cabelos eram mais negros... Mas que nos importava isso agora? Cada um vivera para seu lado: às vezes um cruzara com o outro em alguma cidade e então possivelmente teria perguntado pelo terceiro. Meses, talvez anos, podem haver passado sem que os três se vissem ou se escrevessem; mas aqui estamos juntos tão à vontade como se todo o tempo tivéssemos feito isso.
Falamos de duas ou três mulheres, rimos cordialmente das coisas de outros amigos (“ aquela vez que o Di chegou de São Paulo”... “ o Joel outro dia me telefonou de noite...” ) mas nossa conversa era leve e tranqüila como a própria manhã, era uma conversa tão distraída como se cada um estivesse pensando em voz alta suas coisas mais simples. Às vezes ficávamos sem dizer nada, apenas sentindo o sol no corpo molhado, olhando o mar, à toa. Éramos três animais já bem maduros a entrar e sair da água muito salgada, tendo prazer em estar ao sol. Três bons animais em paz, sem malícia nem vaidade nenhuma, gozando o vago conforto de estarem vivos e estarem juntos respirando o vento limpo do mar – como três cavalos, três bois, três bichos mansos debaixo do céu azul. E tão sossegados e tão inocentes, que, se Deus se nos visse por acaso lá de cima, certamente murmuraria apenas- “lá estão aqueles três”- e pensaria em outra coisa.
Rubem Braga
Março 1956
Éramos três amigos e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali, ou em algum outro lugar da praia, conversando talvez as mesmas coisas. Certamente éramos os três mais magros, nossos cabelos eram mais negros... Mas que nos importava isso agora? Cada um vivera para seu lado: às vezes um cruzara com o outro em alguma cidade e então possivelmente teria perguntado pelo terceiro. Meses, talvez anos, podem haver passado sem que os três se vissem ou se escrevessem; mas aqui estamos juntos tão à vontade como se todo o tempo tivéssemos feito isso.
Falamos de duas ou três mulheres, rimos cordialmente das coisas de outros amigos (“ aquela vez que o Di chegou de São Paulo”... “ o Joel outro dia me telefonou de noite...” ) mas nossa conversa era leve e tranqüila como a própria manhã, era uma conversa tão distraída como se cada um estivesse pensando em voz alta suas coisas mais simples. Às vezes ficávamos sem dizer nada, apenas sentindo o sol no corpo molhado, olhando o mar, à toa. Éramos três animais já bem maduros a entrar e sair da água muito salgada, tendo prazer em estar ao sol. Três bons animais em paz, sem malícia nem vaidade nenhuma, gozando o vago conforto de estarem vivos e estarem juntos respirando o vento limpo do mar – como três cavalos, três bois, três bichos mansos debaixo do céu azul. E tão sossegados e tão inocentes, que, se Deus se nos visse por acaso lá de cima, certamente murmuraria apenas- “lá estão aqueles três”- e pensaria em outra coisa.
Rubem Braga
Março 1956
24 outubro 2009
23 outubro 2009
Loki
Zelig
"Odeio o campo.
Odeio a grama e os mosquitos.
E a comida. Sua comida é terrível.
Suas panquecas... eu as jogo no lixo quando não está olhando.
E as piadas que tenta contar...
Quando acha que é divertida... São longas e sem sentido. Não acabam nunca.
Quero dormir com você.
Eu te amo.
Você é muito meiga... porque não é tão esperta quanto acha que é.
Você é toda enrolada... você é nervosa e você é uma péssima cozinheira.
Aquelas panquecas...
Eu te amo.
Quero cuidar de você, mas chega de panquecas."
22 outubro 2009
Uma delicada forma de calor
Composição: Lobão
Eu me lembro
de você ter falado
Alguma coisa sobre mim
E logo hoje, tudo isso vem à tona
E me parece cair como uma luva
Agora, num dia em que eu choro
Eu tô chovendo muito mais do que lá fora
Lá fora é só água caindo
Enquanto aqui dentro, cai a chuva
E quanto ao que você me disse
Eu me lembro sorrindo
Vendo você tão séria
Tentar me enquadrar, se sou isso
Ou se sou aquilo
E acabar indignada, me achando totalmente impossível
E talvez seja apenas isso:
Chovendo por dentro
Impossível por fora
Eu me lembro de você descontrolada
Tentando se explicar
Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível
Tanta coisa diferente
Sem saber que a beleza de tudo
É a certeza de nada
E que o talvez torne a vida um pouco mais atraente
E talvez, a chuva, o cinza,
O medo, a vida, sejam como eu
Ou talvez , porque você esteja de repente,
Assistindo muita televisão
E como um deus que não se vence nunca
O seu olhar não consegue perceber
Como uma chuva, uma tristeza, podem ser uma beleza
E o frio, uma delicada forma
De calor
Eu me lembro
de você ter falado
Alguma coisa sobre mim
E logo hoje, tudo isso vem à tona
E me parece cair como uma luva
Agora, num dia em que eu choro
Eu tô chovendo muito mais do que lá fora
Lá fora é só água caindo
Enquanto aqui dentro, cai a chuva
E quanto ao que você me disse
Eu me lembro sorrindo
Vendo você tão séria
Tentar me enquadrar, se sou isso
Ou se sou aquilo
E acabar indignada, me achando totalmente impossível
E talvez seja apenas isso:
Chovendo por dentro
Impossível por fora
Eu me lembro de você descontrolada
Tentando se explicar
Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível
Tanta coisa diferente
Sem saber que a beleza de tudo
É a certeza de nada
E que o talvez torne a vida um pouco mais atraente
E talvez, a chuva, o cinza,
O medo, a vida, sejam como eu
Ou talvez , porque você esteja de repente,
Assistindo muita televisão
E como um deus que não se vence nunca
O seu olhar não consegue perceber
Como uma chuva, uma tristeza, podem ser uma beleza
E o frio, uma delicada forma
De calor
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